Condomínios treinam porteiros contra arrastão

A violência contra condomínios é uma realidade verificada em todo o Brasil atualmente. Cercas elétricas, circuito de câmeras, alarmes e outros dispositivos tecnológicos já não são suficientes para intimidar os bandidos e os arrastões a prédios são cada vez mais comuns. Em face desse contexto, muitos condomínios estão buscando, além da tecnologia, o aperfeiçoamento da mão de obra

 

Assaltos a edifícios no Umarizal, bairro de Belém (PA) viraram rotina. No início do ano um empresário de 36 anos foi morto a tiros dentro do próprio condomínio durante a fuga de um assaltante. O caso chocou a população, mas não impediu que, ao longo deste ano, várias outras invasões contra condomínios fossem registradas.

 

Estatística – Esse cenário de criminalidade, entretanto, não é exclusividade da capital paraense, pois se repete em diversas cidades brasileiras deixando traumas nas vítimas. Um levantamento do Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-Rio) constatou que, em 90% dos casos, criminosos entram pela porta da frente, se fazendo passar por moradores ou disfarçados de entregadores e prestadores de serviço. Em 2014, foram registrados 1.305 crimes deste tipo no Rio de Janeiro.

 

Os disfarces de carteiro, entregador de comida, técnico de manutenção de telefonia ou televisão, funcionários da companhia de esgoto ou eletricidade são comuns. Outra forma que os bandidos encontram para acessar o condomínio é pelo portão da garagem. Muitos moradores têm o mau hábito de não fechar o portão ou demorar para fechar. Essa falha muitas vezes é o espaço que o assaltante espera para entrar no edifício e cometer crimes.

 

Treinamento – É fato que a criminalidade urbana é crescente e está cada vez mais próxima dos condomínios. Contudo, muitos roubos poderiam ser evitados com a adoção de medidas simples por moradores e funcionários. É por esse motivo que condomínios estão buscando treinar seus funcionários, especialmente porteiros, para agir na ameaça de assaltos.

 

O Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) de vários estados são algumas das instituições que ofertam cursos voltados para profissionais de portaria. No curso o participante irá aprender sobre os cuidados com o patrimônio das empresas/condomínios; como controlar o fluxo de pessoas; como recepcionar e orientar pessoas; como receber e distribuir correspondências, materiais e equipamentos de forma segura.

 

De acordo com Raimundo Castro, especialista em segurança patrimonial do Secovi-Rio, o bom preparo dos funcionários do condomínio é fundamental para que os instrumentos de segurança sejam usados adequadamente e também para filtrar o acesso. “A segurança é baseada em um tripé: tecnologia, funcionários treinados e instalações adequadas. É uma corrente que arrebenta onde o elo é mais fraco. Geralmente, a falha é humana”, afirma.

Animais em Condomínios, pode ou não pode?

Constituição não proíbe criação de animais em prédios ou condomínios.
Morador que se sentir lesado pode entrar na Justiça para garantir direito.

E um animal de estimação é uma alegria para o dono. Além de divertir, ele faz companhia e, em alguns casos, é recomendação médica contra depressão. Mas ter um mascote em casa nem sempre agrada a todos e isso piora quando um regulamento interno proíbe a entrada de animais dentro do prédio ou condomínio.
A cabeleireira Maria Marilda dos Santos, mais conhecida como July, de 30 anos, sabe bem como é isso. Ela se mudou em agosto de 2011 para um condomínio residencial na Jatiúca, em Maceió, com a irmã, uma amiga e duas cadelas. Tudo parecia tranquilo até a síndica “fazer um escândalo” por causa dos animais.
“Eu me mudei achando que era permitido criar cachorros naquele condomínio. Tinha uma doberman e uma dálmata, ambas bem tranquilas. Mesmo assim, tive muita dor de cabeça por causa da síndica e então as levei para a casa da minha tia, mesmo sabendo que a síndica não tinha o direito de proibir”.

Assista o vídeo acima e aprenda sobre esse assunto tão polêmico.

Luz é Essencial

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Mais que uma necessidade, uma iluminação adequada pode transformar o ambiente e gerar economia

 

Você já imaginou como seria a sua vida se não existisse a luz elétrica? Desenvolver atividades básicas como cozinhar, ler um livro, tomar banho à noite seriam impraticáveis. Durante o dia é indicado que se aproveite ao máximo a luz solar e deixem os dispositivos elétricos desligados para evitar desperdício de energia, mas depois que o sol se põe as lâmpadas se tornam itens indispensáveis.

 

Mais que uma necessidade, a iluminação artificial pode ser um valioso instrumento estético na hora de montar um espaço. A coloração e intensidade da luz é capaz de tornar um ambiente menos ou mais aconchegante, estimular ou desacelerar o raciocínio, valorizar qualidades ou “esconder” imperfeições e, a depender do que será usado nestes ambientes, poderá ficar duplamente alto o custo.

 

Profissional – Para explorar todo o potencial das luzes existe o lighting designer. Esse profissional é responsável pela elaboração do projeto de iluminação em uma reforma, ele trabalha em sintonia com o arquiteto e o designer de interiores.

 

No caso dos condomínios que possuem área comum grande e são locais de muito trânsito de pessoas, devem ser bem iluminados para evitar acidentes. A luz deve ser fornecida em uma quantidade ideal para que o condômino não esbarre ou tropece em nada e possa se machucar. A segurança também deve ser levada em consideração quando o assunto é iluminação de áreas externas.

 

A iluminação LED – As lâmpadas de LED e dicroicas ainda são relativamente pouco conhecidas, mas devem se popularizar nesta década. O LED é um componente eletrônico, mais precisamente, um diodo semicondutor. O funcionamento é simples, diferente da maioria dos componentes eletrônicos, que liberam energia através do calor, o LED consegue liberar a energia excedente na forma de luz.

 

As atuais lâmpadas de LED proporcionam uma iluminação excelente. Apesar de utilizarem os mesmos bocais que as lâmpadas incandescentes e fluorescentes, elas ainda não estão custando o mesmo preço das já existentes, porém podem proporcionar uma economia muito maior tanto no consumo, como na durabilidade.

 

Economia – Uma lâmpada comum de 60 watts tem mil horas de vida, a lâmpada econômica de 15 watts, oito mil horas de vida, já a lâmpada de LED de 11 watts, 30 mil horas de vida. A luz LED vai gerar até 80% de economia na conta de luz. Outra vantagem desta lâmpada é que estas não contaminam o solo em seu descarte e o alumínio, ou o aço, da estrutura podem ser reciclados. O tempo de vida útil é outro fator importante e o LED pode durar até 25 vezes mais do que uma lâmpada convencional, chegando a uma média de 14 anos sem troca. A luz de LED também é mais indicada para quem procura cuidar o máximo da saúde, já que ela não emite raio infravermelho e ultravioleta, por isso não prejudica a pele das pessoas e não gera calor (reduzindo o consumo de ar condicionado).

 

Este tipo de iluminação é aconselhável para locais onde se precisa da luz durante todo o dia, áreas externas e áreas coletivas, como em elevadores e halls de condomínios, pois geram uma economia de energia significativa.

 

Lâmpadas dicroicas têm a qualidade da iluminação como um dos primeiros aspectos responsáveis pela valorização da lâmpada dicroicas LED. O índice de reprodução de cor desse tipo de ponto de luz corresponde a quase 100%, ou seja, tudo o que está em volta e que é iluminado por essas lâmpadas acaba tendo um realce interessante em suas cores.

 

As lâmpadas dicroicas LED têm entre suas principais características o fato de terem um brilho bastante intenso e concentrado. Por isso, apesar de a lâmpada dicroica LED ter a função principal ser sempre a própria iluminação, ela também é objeto de decoração interessante, desde que utilizada de forma inteligente para isso. Essa luz deve ser canalizada para partes específicas do ambiente, que fiquem melhor sendo evidenciadas, como focalizar espaços ou objetos específicos, fazer marcações em telas ou esculturas, por exemplo.

 

Além das vantagens já citadas, esse tipo de lâmpada emite um facho de luz 60% mais frio que o de refletores convencionais semelhantes. Isso a torna indicada para iluminar objetos sensíveis ao calor.

Trabalho em alturas requer equipamentos próprios e vigilância

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Por Cecília Lima

Limpeza de fachadas e varandas, vistorias e mesmo alguns reparos na parte externa do condomínio exigem que um funcionário fique suspenso no ar por alguns minutos ou horas. Tal atividade apresenta riscos e, portanto, deve ser desempenhada com o máximo de cautela

 

É obrigação da administração do condomínio fornecer os equipamentos de proteção necessários à realização da tarefa, caso esteja sendo feita por um funcionário próprio: Ascensor de punho, cinto paraquedista, magnésio (diminui a umidade das mãos) e mosquetão de aço.

 

Mesmo quando o serviço é prestado por uma empresa terceirizada, o síndico deve estar vigilante quanto às normas de segurança e exigência de equipamentos, uma vez que ele pode ser chamado a compartilhar a responsabilidade por possíveis acidentes de trabalho que venham a ocorrer.

 

Legislação – De acordo com a legislação vigente, o trabalho em altura é caracterizado como toda atividade realizada acima de dois metros do nível inferior, na qual haja riscos iminentes de queda. O Ministério do Trabalho exige uma série de obrigações para patrões e empregados que exercem atividades nestas condições. É indispensável que o profissional seja capacitado para a função, por meio de cursos e treinamentos reconhecidos.

 

O trabalho em altura é regulamentado pela norma regulamentadora nº 35 (Trabalho em Altura) do Ministério do Trabalho e Emprego, que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção. Tais requisitos e medidas envolvem o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com esta atividade.

 

Há uma hierarquia simples de medidas de controle que serve para eliminar riscos de queda em altura. Essa hierarquia deve ser seguida sistematicamente de forma que a pessoa que esteja no controle do trabalho deva:

– usar o equipamento de trabalho em altura para evitar quedas;

– verificar se o equipamento de superfície/acesso em uso é estável e forte o suficiente para suportar o peso do trabalhador e de qualquer equipamento;

– realizar o trabalho tanto quanto possível a partir do solo, como montar estruturas e levantá-las na posição de meios de elevação;

– tomar precauções quando se trabalha em, ou perto de superfícies frágeis, como por exemplo em uma cobertura simples de telhados, para evitar uma queda ou para minimizar a distância e as consequências no caso de uma queda;

– garantir que os trabalhadores possam chegar com segurança até onde forem trabalhar em altura e também considerar os procedimentos de evacuação e salvamento de emergência;

– escolher o equipamento mais adequado para o tipo de trabalho que está sendo feito; – fornecer proteção contra queda de objetos;

– certificar-se de que o equipamento utilizado para trabalho em altura está bem conservado e inspecionado regularmente.

*Jornalista

Fonte: http://www.jornaldosindico.com.br/belohorizonte/materias/993/