#ZikaZero

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pós os surtos recentes de dengue, do vírus da zika e da febre chikungunya, o Brasil inteiro está mobilizado no combate ao vetor Aedes aegypti

Conforme dados divulgados pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde), 90% dos focos da dengue estão nas residências, nas quais se incluem os prédios. Condomínios são locais muito propícios à proliferação da dengue, por dois motivos: grande concentração de pessoas e diversidade de locais para criadouros do mosquito.

Força-tarefa – Por isso, promover ações para erradicar locais que concentrem água parada no seu condomínio pode ser muito efetivo para proteger não só os condôminos, mas também a comunidade local. Tendo em vista que um prédio pode ser o principal criadouro de um bairro. Além de deixar sua região mais segura, uma força-tarefa no condomínio pode trazer, de um modo geral, uma ajuda relevante para conter a expansão da doença.

 

É importante destacar ainda que a falta de cuidado pode representar um gasto a mais para o condomínio. Isso porque em muitos municípios, a Vigilância Sanitária tem efetuado vistoria nos condomínios, com possibilidade de aplicação de multas quando são constatadas irregularidades que possam contribuir para a proliferação do mosquito transmissor.

 

Dicas – Algumas dicas simples para conservar o seu prédio sem risco dele se tornar um criadouro do Aedes aegypti é cuidar das áreas que entram em contato direto com água, seja ela limpa ou suja, parada ou corrente. Algumas das dicas para os ralos externos e canaletas é usar telas de nylon para proteção, ou aplicar sal regularmente. Para os ralos internos de esgoto uma tampa de plástico pode ser a solução.

 

No caso da laje e da marquise, é importante manter o escoamento da água, verificando se há acúmulo de água e eliminando eventuais poças. As calhas devem se manter sempre limpas para não acumular água. Os fossos dos elevadores precisam ser verificados, semanalmente, caso haja acúmulo de água, deve-se providenciar o bombeamento.

 

Manter os vasos sanitários sem uso diário sempre tampados, acionando a descarga  semanalmente. Caso não possua tampa, vedar com saco plástico aderido com fita adesiva. Não sendo possível a vedação, acionar a válvula semanalmente, adicionando a seguir duas colheres de sopa de sal. As caixas d’água, por sua vez, precisam ser mantidas vedadas (sem frestas), providenciando a sua limpeza periodicamente.

 

Por fim, no caso das piscinas em período de uso, efetuar o tratamento adequado com cloro. Piscinas sem uso frequente, reduzir o máximo possível o volume de água e aplicar, semanalmente, cloro na dosagem adequada ao volume de água.

Portões e interfones: manutenção garante segurança

Entre o condomínio e a via publica, há os portões e um interfone, que permite o acesso de visitante e veículos ás unidades. Mas, infelizmente, muitos deles não contam com a manutenção necessária, capaz de garantir a segurança dos moradores

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Aportaria é peça-chave na busca da segurança do condomínio e de seus moradores. Além do elemento humano, a portaria envolve equipamentos – especialmente portões e interfones que precisam estar em perfeito funcionamento para garantir a segurança de todos. Os portões são a principal barreira física do condomínio contra prováveis invasores, mas são também os equipamentos que mais problemas costumam dar. É um erro entregar a manutenção do portão ao zelador, por exemplo. É preciso lubrificar o motor adequadamente. Não basta colocar graxa. Ao invés de melhorar, em excesso, a graxa prejudica o funcionamento do portão, acumulando poluição que entra em atrito com peças.

 

MANUTENÇÃO Uma manutenção preventiva deve verificar os vários itens de um portão: os itens elétricos e eletrônicos, o isolamento da fiação, as condições da máquina e a serralheria (se está em ordem, sem falhas de solda ou empenada, por exemplo). É preciso checar ainda o desgaste excessivo das roldanas e das peças móveis do portão. No caso de modelos basculantes, é importante conferir o estado do cabo de aço. Ainda para basculantes, é ideal instalar uma fotocélula, um dispositivo eletrônico que não deixa o portão fechar quando há um obstáculo no seu raio de ação. Investir na manutenção preventiva é mais econômico do que se imagina. A visita esporádica de um técnico só corrige o problema quando  já é tarde demais para prevê-lo.

INTERFONES – Depois dos portões automáticos, os interfones também merecem a máxima atenção do síndico. As chuvas podem causar problemas na central de portaria, pois a umidade é um dos grandes inimigos dos sistemas de interfones. Nos apartamentos, o interfone fica na cozinha, então se recomenda não lavar os azulejos próximos ao aparelho e nem limpá-los com produtos químicos. O morador deve seguir a orientação do fabricante sobre qual produto usar para limpeza. O acúmulo de poeira também é prejudicial à interfonia do prédio. É ideal proceder uma limpeza periódica do circuito. Essa periodicidade varia conforme cada ambiente. Há locais suscetíveis, com muita poeira. O acúmulo de pó aliado à umidade gera mau funcionamento e, por vezes, até a queima do equipamento, pois há oxidação entre as trilhas do circuito impresso dos componentes eletrônicos. Sistemas mais antigos costumam dar mais manutenção. Porém, quando bem cuidados, podem funcionar por muitos anos. A evolução nos últimos tempos foi gritante. Mas, junto com os avanços tecnológicos veio o aumento de preços. Atualmente, um condomínio pode gastar de R$ 50 a R$ 5 mil por ponto, dependendo muito da verba disponível e de que sistema quer dispor. Para substituir uma central analógica por uma digital não é preciso trocar toda fiação. O sistema digital opera com um telefone na portaria, o que facilita muito a operação pelo porteiro.

INDIVIDUALIZAÇÃO DE ÁGUA NOS CONDOMÍNIOS VIRA LEI!

Uma questão de justiça!

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Antigo desejo de moradores de condomínio, individualização de água será brigatória daqui a cinco anos.

Uma discussão bastante antiga no meio condominial finalmente ganhou forma e texto na legislação brasileira: a individualização de água nos condomínios. No dia 12 de julho deste ano, o atual presidente da República em exercício, sancionou a Lei 13.312, a qual foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

E qual é mesmo a relevância disso para quem vive ou administra um condomínio? Ela altera a Lei 11.445, de 2007, que estabelecia as diretrizes nacionais para o saneamento bá- sico. Com a novidade, a medição individualizada do consumo marcado pelos contadores de água passa a ser obrigatória. Cada condômino deverá receber uma fatura própria, cobrando o consumo de água praticado na sua unidade domiciliar.

O consumo de água em áreas comuns como piscina, salão de festas, churrasqueira, dentre outros espaços, permanece compartilhado, sendo cobrado na taxa condominial mensalmente paga.

A mudança prevista na Lei 13.312 sancionada pelo presidente Temer, no entanto, só passa a valer a partir de cinco anos a serem contados da data de sua publicação. A normativa é válida para projetos de condomínios novos, não sendo obrigatória aos que já existiam anteriormente à sanção da lei. Veja detalhes sobre essa novidade na nossa matéria Especial.

 

Desejamos a todos um excelente mês de agosto.